É a tua primeira experiência em seniores. Herdas uma equipa que, embora não tenha ganho os principais títulos na época passada, tem estado nos últimos anos topo do râguebi nacional. Que expectativas para esta época?
As expetativas são de fazer melhor do que o ano passado. Um clube de topo como o Direito tem sempre de ambicionar e lutar por títulos.
O que será diferente do ano passado para este ano, para além da nova equipa técnica liderada por ti.
Ouvimos e registámos alguns feedbacks dos jogadores para perceber o que correu menos bem na época passada de forma a tentar melhorar este ano. Se será diferente não sei, mas acredito e sei que podemos fazer melhor…
O que é que o campo novo pode dar à equipa e ao clube. É um salto qualitativo no clube que poderá marcar as futuras gerações?
Sempre defendi e apoiei a decisão da direção de construir um novo campo pois acredito que é fundamental ter infraestruturas adequadas para cativar mais e melhores jogadores. No imediato, penso que irá poupar o nosso “velhinho” relvado e permitir que a equipa Sénior e restantes escalões possam treinar com melhores condições.
Vais treinar o teu irmão e muitos como quem jogaste. É uma vantagem para a equipa e para o treinador?
Vantagem porque já conheço muito bem a maioria dos jogadores com quem tive o privilegio de jogar e sei, o que podem e não podem dar a equipa…uma desvantagem, porque felizmente sempre tive uma relação de grande amizade com todos eles e haverá momentos que teremos de tomar decisões difíceis, o que nunca é fácil quando temos estas ligações.
O palco do râguebi nacional tem sido dividido entre CDUL e GDD. No ano passado apareceu a Agronomia. Como antevês este ano. Os suspeitos do costume na luta pelos títulos?
É com agrado e satisfação que verificamos que há cada vez mais equipas a “intrometerem-se” na luta pelo título. Além das equipas citadas (Direito, CDUL e Agronomia), existem outras que todos os anos têm estado na “luta” e por isso antevejo um campeonato muito disputado e imprevisível até a final.
Como irás intercalar o trabalho dos seniores com o Challenge?
Este ano decidimos que trabalharemos como um grupo só, por isso esperemos que todos estejam motivados e aproveitem a oportunidade.
Que opinião tens do modelo competitivo vigente. É o melhor e o mais justo para os clubes?
É um modelo interessante…, mas ao mesmo tempo tenho pena de não encontrar/defrontar todos os clubes presentes na liga principal.
Os resultados nos sub20 a nível internacional tem sido (quase) perfeitos. Antevês, daqui a uns anos, o regresso dos sevens ao topo e do XV à 2ª divisão europeia?
Com a entrada dos Sevens nos jogos Olímpicos houve várias nações a apostar e investir forte nesta variante e infelizmente em Portugal os apoios são cada vez mais escassos e por isso acredito que não será fácil regressar à elite Mundial. No entanto, se há equipas com capacidade de se superar perante as maiores dificuldades e maiores obstáculos, são as equipas de Portugal com espírito “Lobo”. E foi precisamente esse espírito que vimos na nossa Seleção de Sub20 que tanto nos fez lembrar os nossos “Lobos” de 2007 e que nos faz acreditar que tudo é possível.