Comecei a jogar no 5° ano, com 10 anos de idade. Fiz parte da equipa de Sub-12, primeiro ano.
Quando era mais novo – com menos de 10 anos – os meus pais sempre me “obrigaram” a fazer desporto, não só para me manter saudável, mas também porque percebiam que eu gostava e tinha jeito para isso. Estava já “farto” de jogar ténis e uma amiga da minha mãe (mãe do João Fonseca) sugeriu que eu experimentasse o râguebi. A partir desse dia sempre joguei com o D ao peito!
No início joguei a “arrière” (defesa) mas o Luís Saraiva, meu treinador durante vários anos, achou que podia dar-me bem a avançado. Comecei pela segunda linha até que cheguei a talonador, a minha posição atual. Também sei jogar a terceira linha, sendo inclusive a minha posição preferida, uma vez que participas no jogo 99% do tempo.
Nunca pensei muito nesse assunto… O meu pai, embora não perceba muito de râguebi, é com certeza a pessoa indicada para vestir a pele do meu mentor. Consegue não só levar-me a todos os treinos, como gosta de estar presente em todos os jogos. É definitivamente alguém que me apoia e que me incita a continuar a esforçar-me para atingir níveis mais elevados.
Já pratiquei vários desportos: do ténis ao ténis de mesa, do judo à natação, passando pelo futebol. Mas desde que entrei no râguebi, nunca mais mudei e mantenho-me fiel a este.
Normalmente, quando vemos um jogo de râguebi, prestamos mais atenção aos jogadores que fazem “magia”: aberturas, centros e pontas. Mas eu prefiro ver os asas a andar para a frente, tanto em espaço aberto, como por cima dos outros: a defender e a placar aos calcanhares!
Nesta linha, em Portugal, admiro principalmente o Vasco Uva, não só pelo número de jogos que tem pelo clube e pela seleção, mas também por parecer que está em todo o lado durante o jogo. A nível internacional, gostava de ver o Richie McCaw. Era um jogador incrível e com um sentido de liderança fora do normal.
Os meus planos para o futuro passam indubitavelmente pela continuação da prática do râguebi. Tenho um sonho de criança de poder ir jogar para fora, ir ao mundial representar o país, ganhar um campeonato pelo GDD nos seniores! Pelo menos no Direito, este sonho, quase realidade, hei-de prosseguir. Em relação aos outros logo pensarei mais tarde se surgir a oportunidade… A nível académico gostava de seguir engenharia mecânica, um curso que muito se adequa às minhas preferências e qualidades.
O que diz o treinador?
O Bernardo é um exemplo para todos os companheiros, pela forma como se entrega ao jogo. Não sendo o maior jogador da equipa, não vira a cara à luta e, com a inteligência com que joga, faz uma leitura quase sempre acertada dos lances. Tem um grande conhecimento do jogo e pode ter um grande futuro à sua frente, sendo uma grande mais-valia para o clube. —Bernardo Mota
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