Com o fim da geração que trouxe inúmeros títulos ao GDD surgem novos jogadores numa época que continua a ser de transição, assumem os técnicos Miguel Leal e Diogo Coutinho. Com oito equipas a disputarem o campeonato e sem final four, o GDD arranca a época em Cascais.

 

“Nos últimos cinco anos saiu muita gente no clube. João Correia, Adérito (que foi para França) e este ano o Palha e os irmãos Vasco e Gonçalo Uva”, começa por dizer Miguel Leal, treinador do Grupo Desportivo Direito na antevisão da época 2018-2019. “Este é o primeiro ano em que deixámos de ter o tal núcleo duro, a tal geração que ainda vinha de 2007, que nos deu vários campeonatos e da qual só resta o Pedro Leal”, adianta Diogo Coutinho, igualmente técnico do GDD.

“Nos últimos anos tivemos uma equipa jovem que tinha um equilíbrio com jogadores com mais experiência”, recorda Miguel Leal. “Havia uma base veterana” e que “à medida que perdíamos esses jogadores a saída era compensada com jovens de muito valor”, reforça.

Ora, olhando para a temporada passada reconhece que “faltou uma geração intermédia”, um grupo onde cabiam “o Luís Sousa, Tavares e Salema que viveram com a geração mais antiga de início”, recorda Miguel Leal. “Faltou essa ligação”, admite. Felizmente voltámos a ter”, antecipa. “O Sousa (com problemas nas costas no ano passado), o Tavares (regressou da Austrália), mas que ainda não está a 100% (vai casar-se). Mas são dois jogadores muito importantes porque são líderes nessa colagem”, continua. Nos mais jovens assume que Duarte Dinis “fará a diferença”, lamentando, no entanto, que só entre nas contas “a partir de novembro”.

Por isso, apesar “da perda de jogadores importantes e enormes” sente que para a época que agora se inicia “há mais equilíbrio” e “uma juventude com mais um ano em cima”, reconhece. “E num ano que chegamos as meias-finais quando ninguém acreditava e ficaram com a sensação (jogo não terminou) que podiam ter chegado mais longe”, assume.

Para a época 2018-2019, é sabido que o Campeonato Nacional Divisão de Honra  (CNDH) será composto por oito equipas: AA Coimbra, Agronomia Técnico, CDUL, CDUP, Belenenses, Direito e Cascais e que terá um modelo competitivo diferente dos últimos anos sem a tradicional final four,modelo em que os Advogados retiraram diversos proveitos.

“No ano passado, com 12 equipas numa primeira fase, depois oito e a final four foi muito competitivo”, recorda Miguel Leal. “O GDD estava muito talhado para a final four”, frisa Diogo Coutinho. “Ganhávamos, a equipa estava mentalizada para isso, agora está mentalizada ou vai ter que se mentalizar que o modelo é outro e teremos que ser mais regulares e consistentes, o que numa equipa jovem, se calhar, é mais difícil, sendo que a experiência ajuda a ter esse foco” alerta Coutinho.

Com a estreia marcada para hoje (Direito desloca-se a Cascais) “este campeonato premeia as equipas mais regulares. A Agronomia nos últimos anos tem sido a mais regular e não tem sido campeã”, sublinha Miguel Leal que não se cansa de referir que esta continua a ser “uma época de transição”, alerta. “Não sei se as pessoas têm a noção, mas temos uma equipa muito jovem”, deixa o aviso.

Por fim, à pergunta sobre quem é o favorito, Diogo Coutinho reconhecendo que recai com “naturalidade” no Belenenses (campeão nacional) e na Agronomia, “que tem andado nos últimos anos lá em cima”, pelo que “são os principais candidatos”, ainda assim, não deixa de dizer que o “Direito é sempre favorito”. Com uma equipa “em construção”, mas que “quer ser campeã”, remata. “É complicado, mas temos muita qualidade. Temos a consciência que tem de ser passo a passo e devagar”, conclui.

 

 

 

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